Pintura
Um dos cães estava sentado, com o peito, branco, voltado para o sol que despontava desde lá da linha da serra e, ainda morno, cruzava o viaduto e inundava o passeio público de amarelo, já uma caixa d’água acima da linha das lajes do apinhamento de casas construídas à revelia, todas carentes de acabamento, à margem oposta da avenida pela qual se chega e se vai, melancólicos varais improvisados sobre as cabeças dos transeuntes. Outro cachorro ressonava, encolhido, se não preguiçoso. Parcecia desencorajado por um resto de frio a abrir os olhos. Começava o inverno. Entre eles, um velho, chapéu de palha, enrolava o primeiro cigarro de mais um dia.
Um dos cães estava sentado, com o peito, branco, voltado para o sol que despontava desde lá da linha da serra e, ainda morno, cruzava o viaduto e inundava o passeio público de amarelo, já uma caixa d’água acima da linha das lajes do apinhamento de casas construídas à revelia, todas carentes de acabamento, à margem oposta da avenida pela qual se chega e se vai, melancólicos varais improvisados sobre as cabeças dos transeuntes. Outro cachorro ressonava, encolhido, se não preguiçoso. Parcecia desencorajado por um resto de frio a abrir os olhos. Começava o inverno. Entre eles, um velho, chapéu de palha, enrolava o primeiro cigarro de mais um dia.
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