Beija-flor risonho
O beija-flor, que há tempos não vinha, deu hoje o ar da graça, de novo, encheu de graça o ar. E justo quando não havia néctar na garrafinha dele, entornada pelos ventos que andam açoitando, ajudando a secar as roupas. As formigas serviram-se do doce que melou o piso -- no muro pelo qual a mistura escorreu deu até lesma. De volta o colibri, quem primeiro percebeu foram os gatos. Um deles saltou do sofá no qual puxava a palha, um piscar de olhos depois já estava na varanda. Miava desafinado, ainda sonolento, nem sequer a um filhote de camundongo assustaria. Tive a impressão de que o beija-flor, pousado no varal, ria...
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