quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Barulho d'água (Abraços...)

Abraços...

Soubesse eu que de todos os abraços,
( e foram tantos), aquele seria o último,
não do mês, nem do dia, mas da vida.
... Soubesse eu, o que faria?

Se eu pudesse prever que o beijo alegre,
nunca mais se repetiria.
Boca sorriso quente em face quente.
Boca amargura fria em face fria.

Ah! quem me dera saber,
que durante o rápido abraço,
a alma veloz, escorregadia,
na surdina desfazia o laço.

Mais forte o abraçaria,
E de todas as maneiras,
eu tentaria prender na minha,
a sua louca alma fugidia.

Para que ela não levasse
o brilho do teu olhar
nem tornasse opaco também o meu,
velho e seco de tanto chorar.

Quisera fazer deste derradeiro abraço,
mil horas, mil laços e atar teu espírito ao meu.
Mas o inverso sucedeu, seu corpo à terra desceu;
e no vento gelado, que o mundo se tornou,
sua alma livre voou, e junto... a minha levou.

Roselene Navarro Oliveira, Leninha, irmã do meu ilustre e querido amigo, saudoso mestre para o exercício do Jornalismo e da vida, Jesse Navarro.

Três ou mais linhas de prosa... e de poesia


O velho lago
mergulha a rã--
barulho d´água.

Este blog, cujo nome deriva do haicai de Matsuo Bashô, tem por objetivo a divulgação de crônicas e outros gêneros literários de minha autoria -- consulte também
http://www.poesiafeitaemcasa.blogspot.com e http://www.karumi.nafoto.net, outros trabalhos que assino. A cópia e reprodução dos elementos aqui contidos sem a devida autorização, por escrito, e sem estarem negociados direitos autorais e outras questões comerciais, sujeitarão o infrator a entendimentos com a lei.

Marcelino Lima



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