quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Ato de nobreza (Barulho d'água)

Ato de nobreza

Quem não é do bando de loucos ri, chora, esperneia, goza, zoa, berra, delira, sara, falta ao trabalho, fala a semana inteira, paga promessa, solta fogos, dá tiros para o ar, bebe e paga a conta do boteco para comemorar quando o Todo Poderoso é derrotado.
Quem odeia o maior campeão invicto das Américas de todos os tempos faz promessa, caridade, trabalho na encruzilhada, ponto na esquina, aposta, endivida-se, vende a mãe, chuta o cão, reza, jejua, deixa de beber, até larga quem ama para ver o Timão levar a pior.
Ah, pobres coitados são os que sofrem ou ficam radiantes,  perdem tempo em vão desejando nossa má sorte. O alvinegro do Parque São Jorge é grande demais para que eles o entendam ou possam secá-lo, e tão grande que jamais perde um jogo. Então você que é anti, se liga, aprenda, procure ser feliz de outro modo... ou pare de se entristecer e ter colapsos ou faniquitos! Aqui é Corinthians, mano, e este time jamais é batido: apenas pratica, de vez em quando, o nobre ato de deixar os adversários ganharem para que o futebol tenha alguma graça...

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Três ou mais linhas de prosa... e de poesia


O velho lago
mergulha a rã--
barulho d´água.

Este blog, cujo nome deriva do haicai de Matsuo Bashô, tem por objetivo a divulgação de crônicas e outros gêneros literários de minha autoria -- consulte também
http://www.poesiafeitaemcasa.blogspot.com e http://www.karumi.nafoto.net, outros trabalhos que assino. A cópia e reprodução dos elementos aqui contidos sem a devida autorização, por escrito, e sem estarem negociados direitos autorais e outras questões comerciais, sujeitarão o infrator a entendimentos com a lei.

Marcelino Lima



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