O menino e a lua (Binóculos)
O menino ganhou um binóculo da mãe. Ainda na loja, ansioso, pedia que sem demora recebesse o par de lunetas, mas não o estreou na hora. Esperou até chegar em casa, onde entrou apressado, subindo a passos largos a escada que leva ao quarto. Debruçado à janela, buscou-a no céu: a lua estava cheia, do jeito que ele mais gosta. Então, ajustou as lentes para trazê-la mais perto, trouxe-a tão próxima dos olhos que roçou uma das mãos no vazio como se pudesse afagar a superfície da bola cinzamarelada. Passou muito tempo fitando-a, enluarado, dizendo à musa coisas bonitas de se ouvir, fez promessas de todos as noites contemplá-la, de construir, quando homem, uma escada bem grande, de virar estrela depois de morrer só para brilhar ao lado dela...
O menino ganhou um binóculo da mãe. Ainda na loja, ansioso, pedia que sem demora recebesse o par de lunetas, mas não o estreou na hora. Esperou até chegar em casa, onde entrou apressado, subindo a passos largos a escada que leva ao quarto. Debruçado à janela, buscou-a no céu: a lua estava cheia, do jeito que ele mais gosta. Então, ajustou as lentes para trazê-la mais perto, trouxe-a tão próxima dos olhos que roçou uma das mãos no vazio como se pudesse afagar a superfície da bola cinzamarelada. Passou muito tempo fitando-a, enluarado, dizendo à musa coisas bonitas de se ouvir, fez promessas de todos as noites contemplá-la, de construir, quando homem, uma escada bem grande, de virar estrela depois de morrer só para brilhar ao lado dela...
Um comentário:
Olá Marcelius, afeto com afeto se paga. Saiba que eu desejo do fundo do coração que um dia, os editores ouçam o seu barulho de talento e o publiquem.
abração
do amigo
Paulo Netho
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