sábado, 4 de abril de 2009

Barulho de água (É do ...)

É do Corinnnnnnnnnnnnnnnnnnthiannnnnnnnnnnnnnns!


Gosto de acompanhar os jogos do “Timão” sentado à varanda, sem o rádio. Quando sai gol adversário, aqui e acolá espocam dois ou três rojões pelo ar da barroca, tímidos, ouve-se umas maldições, há provocações, palavras impronunciáveis, de fazer corar. O gato, aos meus pés, nem abana o rabo, segue na dele. Ah, mano, mas você precisa ver o céu quando é o Corinthians quem balança as redes! À tarde, fica tudo esfumaçado, à noite, iluminado, lembra reveillón. É tanta barulheira, tanto urro que até assusta quem não sabe o que está se passando, quem está passando pode pensar em guerra. Olha, em meio à zueira do foguetório, acho que deve subir até pipoco, misturado a preces, a declarações de amor, sarro contra o vizinho provocador. E o bichano evapora, meu, só para o dia seguinte...

Um comentário:

Érison Martins disse...

Magnífico texto, Marcelino. Invejo seu dom.
Mas ainda assim, prefiro ver toda essa emoção lá da arquibancada.
O problema é que lá o seu gato não entra...risos.

Três ou mais linhas de prosa... e de poesia


O velho lago
mergulha a rã--
barulho d´água.

Este blog, cujo nome deriva do haicai de Matsuo Bashô, tem por objetivo a divulgação de crônicas e outros gêneros literários de minha autoria -- consulte também
http://www.poesiafeitaemcasa.blogspot.com e http://www.karumi.nafoto.net, outros trabalhos que assino. A cópia e reprodução dos elementos aqui contidos sem a devida autorização, por escrito, e sem estarem negociados direitos autorais e outras questões comerciais, sujeitarão o infrator a entendimentos com a lei.

Marcelino Lima



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