quarta-feira, 13 de março de 2013

Barulho d'água (Na fila da livraria)

Na fila da livraria

Há tempos procurava pelo livro, recomendado por vários críticos como sendo um dos melhores do gênero publicado nos tempos mais recentes. Cheguei à livraria, resoluto, esfregando as mãos. Pedi meu exemplar e o atendente o trouxe, quase prontamente. Sem perguntar o preço, segui direto para o caixa. Para variar deparei-me com o desconforto e o transtorno popularmente conhecidos por fila, não importa em qual estabelecimento entremos, fato corriqueiro que demonstra o quanto nós, consumidores e contribuintes, somos respeitados neste país, independentemente do dia e do horário escolhidos para a compra ou busca do serviço. Belarmino de Freitas! Demorou tanto para chegar minha vez, mas tanto, que neste ínterim li o catatau inteiro, de cabo a rabo, incluindo orelhas, biografia do autor, prefácio e posfácio! Quando, enfim, a sorridente moça bradou “O próximo!”, cumprimentei-a educadamente, já recolocando o dinheiro na carteira. Voltei, então, até o vendedor. Devolvi o volume ao rapaz, dei meia volta e me retirei para a cafeteria do shopping.

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Três ou mais linhas de prosa... e de poesia


O velho lago
mergulha a rã--
barulho d´água.

Este blog, cujo nome deriva do haicai de Matsuo Bashô, tem por objetivo a divulgação de crônicas e outros gêneros literários de minha autoria -- consulte também
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Marcelino Lima



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