Na fila da livraria
Há tempos procurava pelo livro, recomendado por vários críticos como sendo um dos melhores do gênero publicado nos tempos mais recentes. Cheguei à livraria, resoluto, esfregando as mãos. Pedi meu exemplar e o atendente o trouxe, quase prontamente. Sem perguntar o preço, segui direto para o caixa. Para variar deparei-me com o desconforto e o transtorno popularmente conhecidos por fila, não importa em qual estabelecimento entremos, fato corriqueiro que demonstra o quanto nós, consumidores e contribuintes, somos respeitados neste país, independentemente do dia e do horário escolhidos para a compra ou busca do serviço. Belarmino de Freitas! Demorou tanto para chegar minha vez, mas tanto, que neste ínterim li o catatau inteiro, de cabo a rabo, incluindo orelhas, biografia do autor, prefácio e posfácio! Quando, enfim, a sorridente moça bradou “O próximo!”, cumprimentei-a educadamente, já recolocando o dinheiro na carteira. Voltei, então, até o vendedor. Devolvi o volume ao rapaz, dei meia volta e me retirei para a cafeteria do shopping.
Nenhum comentário:
Postar um comentário