Passeio pela Faria Lima sentindo-me meio desconfiado, pequeno-burguês-yuppie-periférico,
trombando gente in produzida, que curte pacas o pó moderno, mas não figura nas estatísticas das DPs, nem nas páginas do NP. Desconfiança ou inveja? Sei não... Mas sei que estas vitrines não me retratam. Procuro meus iguais, procuro-me também, e a mais alguém (mas que porra de sirene enjoada!) e de repente tudo muda para calcinhas, lençóis, queijos, alhos, hot-dog, churrasco de gato, relógios, perfume, mal-cheiro, Vila dirce via Ariston, bares imundos terceiros mundistas, calçadas atulhadas (-- Hei, moço me dá dinheiro para eu comprar pão?; -- Pague-me uma coxinha?): já estou no Largo da Batata!
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