Um dia no parque
Ele apertou minhas mãozinhas com firmeza, mas, carinhosamente. Olhou-me diretamente nos olhos, com convicção, mas docemente. Então disse: Vamos lá, você pode! Alguns segundos depois eu sentia o vento brincar com meus cabelos, milhares de bolinhas brotarem em minha pele após um fio de frio percorrer minha espinha. O grito de alegria que deu o meu pai no dia em que aprendi a andar sozinho de bicicleta foi tão alto que até as árvores do parque se arrepiaram, gravaram-no folha por folha para repeti-lo sempre que eu e a magrela descemos novamente a trilha... O velho também continua lá, pulando e dando socos no ar. Ao olhar agora expressando orgulho, soma-se um sorriso aberto de orelha a orelha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário