Um dia no Sítio do Barro Branco
A seriema, como de costume, cantou bem cedo. Ainda não são nove horas. O ruído da máquina de moer capim tocada pelo Osmar não abafa a melodia de alguns sabiás, o bater do pino do carneiro d´água, nem o resmungar da bica. Auxiliado por Ciloca, coronel Juá (usando calças de sarja amarelo-caqui, camisa branca remendada nas costas com saco de farinha, suspensórios e chapéu de feltro, ordenha as últimas vacas. Tia Dijova conversa com Tia Conceição enquanto limpa o terreiro com uma vassoura de folhas. Tem no canto da boca uma bituca, apagada, de Capri sem filtro, e já deixou arrumadas varas para a pescaria da tarde. Adim saiu antes do sol dirigindo a camionete verde sem capota. Foi acompanhar Sebastiãozinho numas compras, lá para as bandas de Rio Pomba. Marino está com eles. Da cozinha «de fora» escapa cheiro de comida. Tia Margarida e Vera preparam o almoço no qual haverá angu com couve colhida na horta, lingüiça de porco daquelas que ficam penduradas num pau, sobre o fogão de lenha, para defumar. Na varanda na qual o piso azul e cinza forma números oito, ainda sentindo o sabor do quente e espumoso leite da Casa Branca, um guri se distraí olhando uma aranha de enorme bunda salpicada de bolinhas brancas. Após dar um pulinho a cavalo até Grama ao lado de Tio Sebastião mais o Neca, ele preferiu por se à espera, não quis acompanhar as irmãs e as primas Maura e Zezé. Tomando a estrada da Fumaça, elas já devem ter chegado à casa da tia Cininha. Pode ser 1.974, ou, ainda, 1.975. A qualquer momento, um ônibus da Unida ou da Bassamar parará junto à entrada do sítio Barro Branco. Dele desembarcarão o pai e a mãe do menino que partiram de São Paulo para Juiz de Fora na noite anterior, prometendo chegar antes das dez da manhã seguinte...
A seriema, como de costume, cantou bem cedo. Ainda não são nove horas. O ruído da máquina de moer capim tocada pelo Osmar não abafa a melodia de alguns sabiás, o bater do pino do carneiro d´água, nem o resmungar da bica. Auxiliado por Ciloca, coronel Juá (usando calças de sarja amarelo-caqui, camisa branca remendada nas costas com saco de farinha, suspensórios e chapéu de feltro, ordenha as últimas vacas. Tia Dijova conversa com Tia Conceição enquanto limpa o terreiro com uma vassoura de folhas. Tem no canto da boca uma bituca, apagada, de Capri sem filtro, e já deixou arrumadas varas para a pescaria da tarde. Adim saiu antes do sol dirigindo a camionete verde sem capota. Foi acompanhar Sebastiãozinho numas compras, lá para as bandas de Rio Pomba. Marino está com eles. Da cozinha «de fora» escapa cheiro de comida. Tia Margarida e Vera preparam o almoço no qual haverá angu com couve colhida na horta, lingüiça de porco daquelas que ficam penduradas num pau, sobre o fogão de lenha, para defumar. Na varanda na qual o piso azul e cinza forma números oito, ainda sentindo o sabor do quente e espumoso leite da Casa Branca, um guri se distraí olhando uma aranha de enorme bunda salpicada de bolinhas brancas. Após dar um pulinho a cavalo até Grama ao lado de Tio Sebastião mais o Neca, ele preferiu por se à espera, não quis acompanhar as irmãs e as primas Maura e Zezé. Tomando a estrada da Fumaça, elas já devem ter chegado à casa da tia Cininha. Pode ser 1.974, ou, ainda, 1.975. A qualquer momento, um ônibus da Unida ou da Bassamar parará junto à entrada do sítio Barro Branco. Dele desembarcarão o pai e a mãe do menino que partiram de São Paulo para Juiz de Fora na noite anterior, prometendo chegar antes das dez da manhã seguinte...
Nenhum comentário:
Postar um comentário