Balé
No ar, solto, teu corpo obrigava-o a moldar-se a teus movimentos sensuais.
Parecia entre ambos haver um pacto: que ele te sustentasse flexível para tu torná-lo mais nobre.
Eu tive ciúmes do ar, que podia pegá-la no colo, afagar tuas linhas.
E aquilo era mais do que uma dança...
Era um balé físico-químico, era cada músculo do teu ser
Parecia entre ambos haver um pacto: que ele te sustentasse flexível para tu torná-lo mais nobre.
Eu tive ciúmes do ar, que podia pegá-la no colo, afagar tuas linhas.
E aquilo era mais do que uma dança...
Era um balé físico-químico, era cada músculo do teu ser
em harmonia com cada mólecula gasosa.
De tanta leveza, de tanta beleza, meus olhos não continham o êxtase:
ver te solta, graciosa, serena, a girar sutil e mágica, era um convite...
E então percebi: era eu o único na platéia.
De tanta leveza, de tanta beleza, meus olhos não continham o êxtase:
ver te solta, graciosa, serena, a girar sutil e mágica, era um convite...
E então percebi: era eu o único na platéia.
Com este poema fui um dos dez primeiros colocados do Femup (Festival de Música e de Poesia) de Paranavaí, no meu estado natal, o Paraná, em 1996. Ele foi escrito para uma pessoa que marcou demais a minha vida e que vive no Rio Grande do Sul.
Um comentário:
Marcelino! Acho o seu trabalho tão legal. Tenha calma, meu amigo. Espero que as editoras descubram a sua bela poesia.
Parabéns pelo Barulho... d'água.
abração
Paulo Netho
obs: já adicionei o seu link no meu blog - no ícone sites legais.
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