sábado, 24 de novembro de 2007

Barulho d´água (Balé)

Balé
No ar, solto, teu corpo obrigava-o a moldar-se a teus movimentos sensuais.
Parecia entre ambos haver um pacto: que ele te sustentasse flexível para tu torná-lo mais nobre.
Eu tive ciúmes do ar, que podia pegá-la no colo, afagar tuas linhas.
E aquilo era mais do que uma dança...
Era um balé físico-químico, e
ra cada músculo do teu ser
em harmonia com cada mólecula gasosa.
De tanta leveza, de tanta beleza,
meus olhos não continham o êxtase:
ver te solta,
graciosa, serena, a girar sutil e mágica, era um convite...
E então percebi: era eu o único na platéia.

Com este poema fui um dos dez primeiros colocados do Femup (Festival de Música e de Poesia) de Paranavaí, no meu estado natal, o Paraná, em 1996. Ele foi escrito para uma pessoa que marcou demais a minha vida e que vive no Rio Grande do Sul.

Um comentário:

Anônimo disse...

Marcelino! Acho o seu trabalho tão legal. Tenha calma, meu amigo. Espero que as editoras descubram a sua bela poesia.

Parabéns pelo Barulho... d'água.

abração

Paulo Netho

obs: já adicionei o seu link no meu blog - no ícone sites legais.

Três ou mais linhas de prosa... e de poesia


O velho lago
mergulha a rã--
barulho d´água.

Este blog, cujo nome deriva do haicai de Matsuo Bashô, tem por objetivo a divulgação de crônicas e outros gêneros literários de minha autoria -- consulte também
http://www.poesiafeitaemcasa.blogspot.com e http://www.karumi.nafoto.net, outros trabalhos que assino. A cópia e reprodução dos elementos aqui contidos sem a devida autorização, por escrito, e sem estarem negociados direitos autorais e outras questões comerciais, sujeitarão o infrator a entendimentos com a lei.

Marcelino Lima



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