quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Barulho d´água (Vírgula)

Vírgula
A virgula ficou azeda comigo nesta manhã. Decidi fazer um poema sem empregá-la entre os versos. Expliquei direitinho que é uma questão de gosto. Estilo. Uma opção. Deixei-a falando sozinha. Ela retrucou:
-- O senhor não poderia abrir uma exceção, só uma?
-- Não será preciso: você acabou de entrar no texto! Meteu-se espertamente onde não era chamada!
-- Eu? Como assim? Nem sai do lugar...
-- Não se faça de tonta!
-- Certo, desculpe-me, juro, foi sem querer. Mas já que entrei, e agora estou me repetindo, será que o senhor não abriria aquela exceção anterior, não daria uma colher de chá para meu primo, o ponto e vírgula?

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Três ou mais linhas de prosa... e de poesia


O velho lago
mergulha a rã--
barulho d´água.

Este blog, cujo nome deriva do haicai de Matsuo Bashô, tem por objetivo a divulgação de crônicas e outros gêneros literários de minha autoria -- consulte também
http://www.poesiafeitaemcasa.blogspot.com e http://www.karumi.nafoto.net, outros trabalhos que assino. A cópia e reprodução dos elementos aqui contidos sem a devida autorização, por escrito, e sem estarem negociados direitos autorais e outras questões comerciais, sujeitarão o infrator a entendimentos com a lei.

Marcelino Lima



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