Vírgula
A virgula ficou azeda comigo nesta manhã. Decidi fazer um poema sem empregá-la entre os versos. Expliquei direitinho que é uma questão de gosto. Estilo. Uma opção. Deixei-a falando sozinha. Ela retrucou:
A virgula ficou azeda comigo nesta manhã. Decidi fazer um poema sem empregá-la entre os versos. Expliquei direitinho que é uma questão de gosto. Estilo. Uma opção. Deixei-a falando sozinha. Ela retrucou:
-- O senhor não poderia abrir uma exceção, só uma?
-- Não será preciso: você acabou de entrar no texto! Meteu-se espertamente onde não era chamada!
-- Eu? Como assim? Nem sai do lugar...
-- Não se faça de tonta!
-- Certo, desculpe-me, juro, foi sem querer. Mas já que entrei, e agora estou me repetindo, será que o senhor não abriria aquela exceção anterior, não daria uma colher de chá para meu primo, o ponto e vírgula?
-- Não será preciso: você acabou de entrar no texto! Meteu-se espertamente onde não era chamada!
-- Eu? Como assim? Nem sai do lugar...
-- Não se faça de tonta!
-- Certo, desculpe-me, juro, foi sem querer. Mas já que entrei, e agora estou me repetindo, será que o senhor não abriria aquela exceção anterior, não daria uma colher de chá para meu primo, o ponto e vírgula?
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